quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Trapeiros e vendedores de rosários e de tâmaras (Lisboa, ca. 1850)

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Alberto Souza, O Trajo Popular em Portugal nos seculos XVIII e XIX, Lisboa, Sociedade Nacional de Tipografia, 1924.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Água vai!

 
«Costume of Portugal» por H. L'Evêque.
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Alberto Souza, O Trajo Popular em Portugal nos seculos XVIII e XIX, Lisboa, Sociedade Nacional de Tipografia, 1924.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Assadeira de castanhas - Lisboa, 1814

«Costume of Portugal» por H. L'Evêque.
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Alberto Souza, O Trajo Popular em Portugal nos seculos XVIII e XIX, Lisboa, Sociedade Nacional de Tipografia, 1924.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Um camponês de Torres Vedras (1808-1809)

«Portugal e Espanha» por W. Bradford.
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Alberto Souza, O Trajo Popular em Portugal nos seculos XVIII e XIX, Lisboa, Sociedade Nacional de Tipografia, 1924.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Mulher de capote e lenço

«Portugal e Espanha» por W. Bradford.
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Alberto Souza, O Trajo Popular em Portugal nos seculos XVIII e XIX, Lisboa, Sociedade Nacional de Tipografia, 1924.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Um moleiro (1806)

Colecção «Vendilhões» por M. Godinho.
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Alberto Souza, O Trajo Popular em Portugal nos seculos XVIII e XIX, Lisboa, Sociedade Nacional de Tipografia, 1924.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Vendedores de alhos e de palitos e rocas (1806)

 Colecção «Vendilhões» por M. Godinho.
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Alberto Souza, O Trajo Popular em Portugal nos seculos XVIII e XIX, Lisboa, Sociedade Nacional de Tipografia, 1924.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Vendedores de pinhões e de caramelo (1806)

Colecção «Vendilhões» por M. Godinho.
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Alberto Souza, O Trajo Popular em Portugal nos seculos XVIII e XIX, Lisboa, Sociedade Nacional de Tipografia, 1924.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Vendedores de água, tripas e mel (1806)

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Colecção «Vendilhões» por M. Godinho.
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Alberto Souza, O Trajo Popular em Portugal nos seculos XVIII e XIX, Lisboa, Sociedade Nacional de Tipografia, 1924.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Resedá, Corôa de Rei e Violetas

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RESEDÁ - Vossas qualidades excedem vossos encantos.
«Apenas um seculo tem decorrido depois que a resedá veiu do Egypto para a França. Linneu comparava seus perfumes aos da ambrosia; são mais suaves e mais penetrantes ao nascer e pôr do sol (...)».
Reza a lenda que uma família da Saxónia tem por divisa um ramo de resedá, o que se deve a uma história ligada a Amélia de Nordbourg. Esta, sendo muito bela, desdenhou o seu pretendente, o conde de Walshteim, o qual acabou por se casar com Carlota, parente de Amélia, que era menos bela mas tinha bom coração.

COROA DE REI - Realeza.

VIOLETA BRANCA - Candura - Ingenuidade.

VIOLETA ROXA - Modestia.
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In Diccionario da linguagem das Flores ornado com estampas coloridas, Lisboa, Typographia Lusitana, 1868.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Flores

«Amar é um esperança uma ventura que nos embriaga,
não amar e não viver, é ter a crença
d'esta triste verdade que a innocencia é uma mentira,
o amor é uma arte, a ventura um sonho».
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In Diccionario da linguagem das Flores ornado com estampas coloridas, Lisboa, Typographia Lusitana, 1868.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Rosa Amarela, Branca e Rainha

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ROSA AMARELLA - Infedilidade
«O amarello é a côr dos infieis (...). A agua a fatiga, o sol a queima, o constrangimento parece só convir a esta flor sem perfume, que não sabe aproveitar-se nem dos cuidados nem da liberdade. Quando queremos vê-la em todo o seu brilho, é preciso dobrar seus botões para a terra, e rete-los assim pela força; então ella florece».

ROSA BRANCA - Silêncio
O deus do silencio era representado sob a fórma de um mancebo (...), tendo um dedo sobre a bôca, e tendo uma rosa branca na outra mão. Diz-se que o amor lhe tinha dado esta rosa para o resolver a ser-lhe favoravel. Os antigos esculpiam uma rosa sobre a porta da sala dos festins, para advertir os convivas que nada deviam divulgar do que ali se dizia».


ROSA RAINHA - Belleza
«(...) Ella é a imagem da mocidade, da innocencia e do prazer; ella pertence a Venus (...)».
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In Diccionario da linguagem das Flores ornado com estampas coloridas, Lisboa, Typographia Lusitana, 1868.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Madre-Silva, Dália e Heliotropio





MADRE-SILVA - Laços de Amor

«A fraqueza agrada á força, e não poucas vezes lhe presta graças. Vê-se frequentes vezes a madre-silva cingir amorosamente com suas hastes brandas e delicadas o tronco nodoso de um grande carvalho (...)».

DÁLIA - Meu reconhecimento excede vossos cuidados
«Esta planta veiu do Mexico, onde fazem das suas raizes uma especie de alimento (...).
A Dahlia tem a significação que se lhe attribue, porque reconhece os cuidados da cultura muito alem das esperanças do jardineiro».

HELIOTROPIO - Eu vos amo - Embriaguez amorosa - Transporte amoroso
«um dia, o celebre botanico Jussieu, herborisando nas Cordilheiras, sentiu-se repentinamente como embriagado dos mais deliciosos perfumes (...), mas não apercebeu senão lindas moitas, de um bello verde, sobre a qual destacavam espigas de um azul desmerecido; (...) viu que as flores de que estavam carregadas se voltavam mollemente para o sol (...), Tocado d'esta singularidade, deu á planta o nome de heliotropio composto de duas palavras gregas, helios, sol; e trepo, eu volto. O sabio botanico (...) deu-se pressa em colher sementes d'esta planta, e envia-las ao jardim do rei em Paris (...). As damas acolherem esta flor com enthusiamo; e depois de a collocarem nos vasos mais preciosos, a denominaram herva de amor (...)».
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In Diccionario da linguagem das Flores ornado com estampas coloridas, Lisboa, Typographia Lusitana, 1868.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Anémona, Lírio e Liz

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ANEMONA - Abandono - Esquivança.
«Anemona foi uma nympha amada de Zephiro; Flora, ciosa, baniu-a de sua côrte e a metamorphoseou em uma flor que desabrocha sempre antes da chegada da primavera. Zephiro abandonou esta infeliz belleza ás caricias do duro Boreas (...)».
Uma anemona com esta legenda, brevis est usus (seu reinado é curto), exprime maravilhosamente a passagem rapida da belleza».

ANEMONA DOS PRADOS - Doença.
«Em algumas provincias de França imagina-se que a flor da anemona dos prados é tão perniciosa que tem o poder de envenenar o ar (...)».

LIRIO - Mensagem.
«(...) suas cores brilhantes e variadas, como as do arco-íris, têem grangeado para esta flor o nome de mensageira dos deuses».

LIRIO-FLAMMA - Chamma - Flamma.
«O lirio-flamma (...) é uma planta, que o camponeses allemães folgam de ver crescer sobre o tecto de suas cabanas. Quando o ar agita suas bellas flores (...) dir-se-ia que chammas ligeiras e perfumadas deslisam sobre esses tectos rusticos (...)».

LIZ - Magestade.
«(...) Só, parece frio e como fatigado; cercado de mil outras flores, offusca-as a todas: é um rei, sua apparencia é a da magestade.
O liz primitivo veiu da Syria; outr'ora ornou os altares do Deus de Israel, e coroou a fronte de Salomão (...).
Carlos Magno queria que elle partilhasse com a rosa a gloria de perfumar seus jardins; e a dar credito a antigas tradicções, o valente Clovis recebeu um lis celeste no dia em que a victoria e fé lhe foram dadas.
Luiz VII de França nas flores de liz achou o triplice symbolo da belleza, do seu nome e do seu poder: collocou-as no seu escudo, no seu sêllo e no seu dinheiro. Philippe Augusto semeou d'ellas o seu estandarte».
S. Luiz trazia um anel, representando, em esmalte e em relevo, uma grinalda de flores de liz e de margaridas, e sobre o engaste do mesmo anel estava gravado um crucifixo com as palavras: (Hors cet annel pourrions nous trouver amour?) Fóra d'este anel que podeemos amar? porque effectivamente este anel offerecia ao monarcha piedoso o emblema de tudo que elle tinha de mais caro - a religião - a frança - a esposa.
Foi também uma idéa religiosa a que levou Carlos V de França a fixar em tres o numero das flores de liz (...)».
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In Diccionario da linguagem das Flores ornado com estampas coloridas, Lisboa, Typographia Lusitana, 1868.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Trigo, Jacinto e Melindres

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TRIGO - Riqueza
«(...) Esta planta parece ter sido confiada pela Providencia aos cuidados do homem , com o uso do fogo para lhe assegurar o sceptro da terra. Com o trigo (...) póde-se dispensar todos os outros bens e póde-se adquiri-los».
«O homem com o trigo póde nutrir todos os animaes domesticos que lhe servem de alimento, e que partilham seus trabalhos (...)».
«O trigo é o primeiro laço das sociedades, porque a sua cultura e amanhos exigem grandes trabalhos e serviços mutuos; por isso os antigos tinham chamado à boa Ceres, legisladora».
«Um arabe, perdido no deserto, não tinha comido durante dois dias (...). Passando junto d'um poço (...) apercebeu sobre a areia um pequeno sacco de coiro, apanha-o, e diz: «Deus seja louvado; é, julgo eu, uma pouca de farinha.» Apressa-se em abrir o sacco, mas á vista do contheudo exclama: «quanto sou desgraçado! é apenas oiro em pó!»

JACINTO - Jogo
Foi jogando a conca nas margens do rio Anphriso que Apollo matou o bello Jacinto. Não podendo restitui-lo á vida, o deus o metamorphoseou na flor do seu nome».

MELINDRES - Melindres
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In Diccionario da linguagem das Flores ornado com estampas coloridas, Lisboa, Typographia Lusitana, 1868. 




sexta-feira, 16 de julho de 2010

Lichnis, Saudade e Sensitiva

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LICHNIS - Simpatia irresistível

SAUDADE - Saudade - Viuvez

SENSITIVA - Pudor
«A sensitiva, chamada tambem acacia pudica e mimosa pudica, parece fugir á mão que quer tocar».
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In Diccionario da linguagem das Flores ornado com estampas coloridas, Lisboa, Typographia Lusitana, 1868.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Ophris, Lírio dos Vales e Dedaleira

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OPHRIS-ARANHA - Destreza - Habilidade
«Arachnea foi uma muito habil bordadora, que ousou desafiar Minerva no exercício d'esta arte. A deusa offendida, metamorphoseou esta imprudente em aranha. A ophris-aranha assimilha-se ao insecto, que, sob uma fórma hedionda, não tem perdido sua destreza e habilidade».

OPHRIS DE TRES FOLHAS OU MOSCA - Erro
«A flor de ophris de tres folhas assimilha-se tão perfeitamente a uma abelha, que muitas vezes somos induzidos em erro».

LIRIO DOS VALLES OU CONVALLE - Regresso da ventura
«(...) desde os primeiros dias de maio, suas flores de marfim se entr'abrem e derramam seus perfumes nos ares. A esse signal o rouxinol deixa as nossas sebes e çarças, e vae procurar no seio dos bosques uma companheira (...); guiado pelo perfume do lirio convalle, o harmonioso passarinho escolhe o seu asylo (...) e celebra, por cantos melodiosos (...) o amor e a flor que cada anno lhe annuncia a volta da primavera e da ventura».

Fábula de Aimé Martin, traduzida por Dantas Pereira:

«Foi Convalle um pastor da aurea idade,
Galante e dos mais amaveis;
(...)
De todos os encantos tinha posse,
se voluvel não fosse,
Era rapaz perfeito:
Mas, ah! que dos seus meios abusava!
E a pobre que nos laços seus caía,
Só depois encontrava
Engano e zombaria.
(...)
Ao tribunal do deus o réu citado,
Venus inda noviça, inda innocente,
Fez seu arrasoado
Pela fidelidade.
(...)
Vae-se a votos, e o nume decidiu
N'um momento o voluvel seductor,
Do deus ao sopro, é transformado em flor,
que do falso o nome tem.
(...)»

DEDALEIRA - Trabalho
«Esta planta é assim chamada, porque a sua flor se assimilha á forma de um dedal, d'onde lhe provém symbolisar o trabalho».
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In Diccionario da linguagem das Flores ornado com estampas coloridas, Lisboa, Typographia Lusitana, 1868.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Salva, Margaridas e Malmequer

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SALVA - Estima.
«(...) a mais salutar das plantas aromáticas».

MARGARIDA - Variedade.
«As primeiras sementes foram remettidas para o jardim do rei (de França) em 1730, pelo padre Incarville, missionario na China (...)».

MARGARIDA PEQUENA SINGELA - Innocencia.

MARGARIDA PEQUENA DOBRADA - Eu partilho vossos sentimentos.

MALMEQUER AMARELLO DOBRADO DO CAMPO - Afflição - Pena - Pezar.

MALMEQUER AMARELLO SINGELLO DO CAMPO - Ciume.

Poema de Constant-Dubos:

«Quantas vezes a pastora,
Longe do jovem amante,
Diz comsigo: É-me fiel?
Voltará elle constante?

Tremendo te colhe então...
E sob a mão mal segura,
O orac'lo que se desfolha
Lhe indica a sorte futura.

Pema de Palmeirim:

«Malmequer: que triste sorte,
Mal aceito á formosura!
Consultei folha por folha,
Pobre flor da desventura;
Não me quer pouco nem muito,
Para mim foi-se a ventura! (...)»

MALMEQUER BRANCO DO CAMPO - Eu pensarei n'isso.
«Nos tempos da cavallaria andante, quando uma dama não queria aceitar nem rejeitar os votos de um pretendente de amorosa mercê, ornava sua fronte de uma corôa de malmequeres brancos do campo; isto queria dizer: Pensarei n'isso,

MALMEQUER DA SECIA - Cautella.

MALMEQUER E CYPRESTE - Desespero.

MALMEQUER E PAPOULA - Eu acalmarei vossas penas.

MALMEQUER E ROSA - Doce pena de amor.

MALMEQUER NA BOCA - Não digo o que sinto.

MALMEQUER NO CABELO - Pena na alma.

MALMEQUER NO CORAÇÃO - Pena de amor.

MALMEQUER NO SEIO - Crueis tormentos.

MALMEQUER PLUVIAL - Pressagio - Prognostico.
«Esta flor abre constantemente ás sete horas, e permanece aberta até ás quatro, se o tempo tem de conservar-e secco; porém se ella não abre, ou abrindo, fecha antes da hora regular, podemos estar seguros de que choverá durante o dia».
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In Diccionario da linguagem das Flores ornado com estampas coloridas, Lisboa, Typographia Lusitana, 1868. 

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Ervilha de Cheiro, Boas Noites e Martyrio

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ERVILHAS DE CHEIRO AZUES - Expressão de amor.
ERVILHAS DE CHEIRO ENCARNADAS - Doçura - Suavidade.
ERVILHAS DE FRUCTO - Appareça.

BOAS NOITES - Acanhamento - Timidez.
«Esta planta é originária do México e do Perú. As suas lindas florinhas só abrem depois do sol posto (...)».

MARTYRIO - Crença - Fé - Religião.
«Estão representados na flor do martyrio uma corôa de espinhos, o açoute, a columna, a esponja, os cravos e as cinco chagas de Christo. É por isso que se chama tambem a esta flor - Passiflor ou flor da paixão, e que se faz d'ella o emblema da fé e da religião».
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In Diccionario da linguagem das Flores ornado com estampas coloridas, Lisboa, Typographia Lusitana, 1868.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Raimunculo, Verbena e Amor Perfeito

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RAIMUNCULO AMARELO DO CAMPO - Ingratidão.
«Esta planta é a mais malfazeja  de todas as de nossos prados (...)».


RAIMUNCULO ASIATICO - Vós sois brilhante de atractivos.
«(...) Nenhuma outra planta offerece aos amadores de variedades tão interessante e tão rica apparencia».


VERBENA - Encantamento.
«A verbena servia entre os antigos para diversas especies de sortilegios e adivinhações; attribuiam-se-lhe mil propriedades, e entre outras, a de reconciliar os amigos (...)».
Segundo as tradições do norte da França, a verbena serve curar enfermidades, assim como para enfeitiçar os rebanhos e os corações das donzelas.

AMOR PERFEITO - Eu penso em vós - Pensae em mim - Existo só para ti.
«Do seu nome francez pensée (pensamento) tira esta flor a sua significação (...)».
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In Diccionario da linguagem das Flores ornado com estampas coloridas, Lisboa, Typographia Lusitana, 1868.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Chagas, Malvaísco e Bons Dias

CHAGAS AMARELAS - Não vou lá.
«(...) Affirmam que nos dias ardentes do estio, as chagas soltam faiscas electricas».

MALVAISCO - Agrado - Benevolência.
«Suas flores, hastes, folhas e raiz, tudo n'elle é benefico. Compõem-se dos seus diferentes succos xaropes, pastilhas e massas tão excellentes no gosto, como favoraveis á saude».

BONS DIAS - Garrida - Garridice - Namoradeira - Pretenciosa - Volubilidade.
«Mal a aurora  desponta nos céus
Desabrochas florzinha mimosa,
Dás ao Zephiro, que te ama, um adeus.
E ás borboletas que adejam, vaidosa
Mil beijos aceitas dos seus.
Coquettes, n'esta flor inconstante
De vossa indole tendes o emblema,
Apraz-vos o amor d'um instante,
Brilhar é vossa arte suprema,
Só amaes o prazer delirante».
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In Diccionario da linguagem das Flores ornado com estampas coloridas, Lisboa, Typographia Lusitana, 1868.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Cravos, Goivos e Hepatica

CRAVO AMARELO - Desdem - Desprezo.
«Assim como as pessoas desdenhosas são pela maior parte exigentes e pouco amaveis, assim tambem de todos os cravos o amarello é o menos bello, o menos cheiroso, e o que exige maiores cuidados».

CRAVO AMARELO RAIADO - Volte logo.
«Aguns mythologos dizem que a origem d'estes cravos foi devida a Diana, que, tendo em uma occasião de mau humor encontrado um pobre pastor que andava caçando, lhe arrancou os olhos com muita destreza; e tendo depois reparado que as pupillas eram muito bonitas, lembrou-se de convertel-as em flores, semeou-as e d'ellas provieram os cravos».


CRAVO BRANCO RAIADO - Veiu tarde.
«O cravo branco parece ter sido o ultimo que se conseguiu raiar (...) d'onde realmente se póde dizer que veiu tarde (...)».

CRAVO DA ÍNDIA - Dignidade.
«O cravo aromatico da India é originario das Molucas; os povos d'esta ilha trazem as flores, que nós chamamos cabeças de cravo, como um signal distinctivo de dignidade (...)».


CRAVO DE POETA - Fineza.
«O cravo de poeta, tão brilhante por seus bellos tufos, é em toda a parte de uma fineza delicadeza notaveis».

CRAVO DE TUNES - Antipathia - Odio - Raiva.
«(...) o roxo avelludado e o amarello de suas flores não deixam de formar um bello matiz; porém o pessimo cheiro que exhalam lhes adquire a antipathia de todos e lhes attribue o seu emblema».

CRAVO ESCARLATE - Amor vivo e puro.
«O cravo primitivo é simples, escarlate e perfumado (...)».
«Foi o bom Renato de Anjou, esse Henrique IV da Provença, quem primeiro enriqueceu os jardins com o cravo e a rosa vermelhos (...)».

CRAVO ROSA ALMISCARADO - Mensageiro discreto.
«Os cravos grandes têem muitas vezes servido para em seus olhos occultar um bilhete (...). A rainha Maria Antonietta, na sua prisão do Templo, recebeu occulto no olho de um cravo rosa almiscarado um bilhete (...)».
«Dubos fez sobre este assumpto os versos (...)».

«Quando uma infeliz rainha
Na prisão, triste e mesquinha
Da sorte affronta o rigor;
É d'um cravo a discrição
Quem da ventura um clarão
Faz raiar em seu favor».

CRAVO ROXO - Sentimento.
«A côr rôxa significa tristeza, e reunida ao cravo que significa affecto, lhe grangeia a significação de sentimento».

GOIVO DOBRADO DOS JARDINS - Beleza durável.
«Esta bella flor eleva-se pois em nossos jardins, como uma belleza viva e fresca que espalha em torno de si a saude, o primeiro dos bens, e sem a qual não ha ventura nem belleza duravel».


GOIVO DAS MURALHAS - Fiel na desgraça.
«(...) folga de crescer nas fendas dos velhos muros (...)».
«Outrora os menestreis e trovadores traziam um ramo d'esta planta, como emblema de uma affeição, que resiste ao tempo e que sobrevive á desgraça».


A propósito de uns goivos que nasceram nas ruínas de Saint Denis, escreveu Treneuil:

«Que flor é esta, que um piedoso instincto
Aqui nas azas do zephyro transporta?
Que! o templo onde tens tuas raizes,
Deixas, terno goivo, amante das ruinas,
E vens fiel os nossos reis acompanhar?
Ah! pois que do terror as leis curvaram
Do lirio infeliz a haste soberana,
De nossos jardins em luto sê rainha;
Triumpha sem rival, flor santa e pura
Fiel ao tumulo, ao throno, à desventura».

GOIVO DE MAHON - Prontidão.
«A semente d'esta flor, apenas confiada á terra, germina, e quarenta dias depois lá temos massiços ou guarnições cobertas de flores; mas como ellas são de pouca duração, para poder gosa-las por mais tempo, convem semea-las desde março até agosto (...)».

HEPATICA - Confiança.
«Quando os jardineiros vêem as lindas flores da hepatica, dizem: "A terra está amoravel, póde-se semear com confiança"».
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In Diccionario da linguagem das Flores ornado com estampas coloridas, Lisboa, Typographia Lusitana, 1868.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Primavera, Congossa e Alfazema


PRIMAVERA - Puberdade
«A puberdade é a primavera da vida. "A primavera, diz Shakespeare, que nunca viu Phebo em todo o seu esplendor, é pallida como a jovem que fenece pouco a pouco na esperança de um esposo"».
CONGOSSA - Doces lembranças
«Já ao abrigo dos combros a violeta, a margarida e a flor doirada do dente de leão têem desabrochado, quando approximando-nos da orla dos bosques, vemos a anemona e a congossa estenderem ahi um longo tapete de verdura e flores». A congossa tem folhas «verde forte, resistentes e luzidias» e flores «de um bello azul». É «consagrada a uma felicidade duradoura, a sua côr é a da amisade, e a sua flor era para J. J. Rousseau o emblema das doces lembranças. Esta planta, imagem de uma primeira affeição, prende-se fortemente ao terreno que embellece, enlaça-o todo com seus ramos flexiveis, e cobre-o de flores, que parecem o reflexo da côr dos céus.
Asim os nossos primeiros sentimentos, tão vivos, tão puros, tão ingenuos, parecem ter uma origem celeste; assignalam em nossos dias um instante de ventura, e lhes devemos as nossas mais doces lembranças».
ALFAZEMA - Desconfiança
«(...) Julgava-se outr'ora que o aspide, especie de vibora muito perigosa, se occultava habitualmente entre a alfazema, motivo pelo qual só a ella se chegavam com desconfiança».
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In Diccionario da linguagem das Flores ornado com estampas coloridas, Lisboa, Typographia Lusitana, 1868.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Virbuno, Amarilis e Tulipa


VIBURNO - Boa nova
«Esta planta é também conhecida pelos nomes de rosa de Gueldre e bola de neve».
Segundo uma lenda Suíça, uma jovem depois de morrer, não querendo deixar o campo em torno da sua casa, foi transformada pelo seu Anjo da Guarda nesta flor, segundo a vontade da própria rapariga:
«- Que! diz o anjo maravilhado, queres tu florir quando toda a natureza está morta?! Teme os ventos gelados do inverno, elles te fustigarão, e tu morrerás sem haver conhecido as caricias do zephiro!
- Seja embora, diz a joven, não viverei mais que um dia, mas n'esse dia annunciarei a primavera!».

AMARILIS - Alitivez - Fereza - Orgulho
«Os jardineiros dizem que o amarilis, de que ha uma grande variedade, são plantas altivas, porque as mais das vezes recusam flores aos seus vigilantes cuidados (...)».

TULIPA - Declaração de amor
«Sobre as margens do Bosphoro a tulipa é o emblema da inconstancia, assim como o é tambem do mais violento amor».

(...)
«Nos primeiros dias da primavera celebra-se no serralho do grão-senhor a festa das tulipas. (...)
«Foi desde 1644 ou 1647 que a tulipomania exerceu a sua influencia na Hollanda. (...) A especie mais preciosa era a que denominavam sempre augustus, e avaliavam-a a dois mil florins (...)».
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In Diccionario da linguagem das Flores ornado com estampas coloridas, Lisboa, Typographia Lusitana, 1868.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Giestas, Papoilas e Esporas

GIESTA (ARBUSTO) - Aceio - Decencia
«Ha no genero das giestas muitas especies uteis. Algumas são empregadas em medicina, outras servem para fazer vassouras, e outras finalmente são empregadas na tinturaria: todas crescem espontaneamente. A giesta de Hespanha é a única cultivada pela belleza e perfume de suas flores».
GIESTA  MENOR - Esperança enganosa
«A flor da giesta, que se chama também falso Narciso, aborta muito frequentemente. Esta planta, que se dá em nossos prados e bosques, é cultivada com esmero pelos hollandezes, que a exportam com os pomposos nomes de Phenix e de Sol d'ouro; e depois de bastantes cuidados o cultivador espanta-se de ver as suas esperanças perdidas e enganadas, por não haver feito nascer mais que uma simples giesta».

PAPOULA BRANCA - Somno do coração
«Extrahe-se da semente da papoula branca um oleo insipido, que acalma os sentidos e provoca o somno».
PAPOULA ENCARNADA DO CAMPO - Allivio -Consolação
«Todas as papoulas são mais ou menos narcoticas, e são empregadas as suas sementes, sob a denominação de dormideiras, para fazer cozimentos, applicados especialmente contra as dores de dentes, conseguindo-se muitas vezes por este meio algum allivio».
PAPOULA COR DE ROSA - Feliz encontro
PAPOULA RAIADA - Não duvides
«São estas as significações attribuidas a estas duas flores por uma linguagem de flores publicada ha annos em Lisboa».

ESPORAS- Ligeireza - Velocidade
«Esta flor é uma papolinacea muito bella. Os franceses lhe dão o nome de Pied d'Alouett (Pé de cotovia), por causa da fórma singular dos seus folhelhos, nos quaes se distinguem as articulações de um pé de pássaro».
ESPORAS BRANCAS - Apresse-se
«A espora é o incentivo com que o amante apressado instiga seu fogoso ginete, para o transportar com a velocidade do raio para junto d'aquella que adora. Esta flor, já pelo seu nome, já por certa similhança com o pungente instrumento com que o cavalleiro diz ao seu cavallo apressa-te, tem a significação que deixâmos indicada».
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In Diccionario da linguagem das Flores ornado com estampas coloridas, Lisboa, Typographia Lusitana, 1868. 

segunda-feira, 24 de maio de 2010

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Casas rústicas

Desenho de José Malhoa, in Humberto Pelágio, José Malhoa (Pintôr), Lisboa, 1928.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Moinhos

Desenho de José Malhoa (1905), in Humberto Pelágio, José Malhoa (Pintôr), Lisboa, 1928.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

No Jardim

Pintura de José Malhoa, in Humberto Pelágio, José Malhoa (Pintôr), Lisboa, 1928.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Vista geral de Jericó

In Jerusalem - Blumen und Ansichten aus dem heiligen Lande.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Nazaré

In Jerusalem - Blumen und Ansichten aus dem heiligen Lande.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Vista geral de Tiberíade

In Jerusalem - Blumen und Ansichten aus dem heiligen Lande.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Vista geral da Betânia

In Jerusalem - Blumen und Ansichten aus dem heiligen Lande.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

O rio Jordão

In Jerusalem - Blumen und Ansichten aus dem heiligen Lande.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Monte das Oliveiras

In Jerusalem - Blumen und Ansichten aus dem heiligen Lande.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Panorama de Belém

In Jerusalem - Blumen und Ansichten aus dem heiligen Lande.

terça-feira, 30 de março de 2010

segunda-feira, 29 de março de 2010

Túmulo de Raquel

In Jerusalem - Blumen und Ansichten aus dem heiligen Lande.

terça-feira, 23 de março de 2010

Vale de Josafat

In Jerusalem - Blumen und Ansichten aus dem heiligen Lande.

domingo, 21 de março de 2010

Em Homenagem a Rafael Bordalo Pinheiro

...Que nasceu a 21 de Março de 1846.
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Ilustração de 1903.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Jardim de Gethsemane

 
In Jerusalem - Blumen und Ansichten aus dem heiligen Lande.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Vista geral da localização do Templo de Salomão

In Jerusalem - Blumen und Ansichten aus dem heiligen Lande.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Vista de Jerusalém

Vista de Jerusalém, tirada a partir do Monte das Oliveiras.
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In Jerusalem - Blumen und Ansichten aus dem heiligen Lande.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Flores de Jericó

In Jerusalem - Blumen und Ansichten aus dem heiligen Lande.