quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Flores

«Amar é um esperança uma ventura que nos embriaga,
não amar e não viver, é ter a crença
d'esta triste verdade que a innocencia é uma mentira,
o amor é uma arte, a ventura um sonho».
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In Diccionario da linguagem das Flores ornado com estampas coloridas, Lisboa, Typographia Lusitana, 1868.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Rosa Amarela, Branca e Rainha

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ROSA AMARELLA - Infedilidade
«O amarello é a côr dos infieis (...). A agua a fatiga, o sol a queima, o constrangimento parece só convir a esta flor sem perfume, que não sabe aproveitar-se nem dos cuidados nem da liberdade. Quando queremos vê-la em todo o seu brilho, é preciso dobrar seus botões para a terra, e rete-los assim pela força; então ella florece».

ROSA BRANCA - Silêncio
O deus do silencio era representado sob a fórma de um mancebo (...), tendo um dedo sobre a bôca, e tendo uma rosa branca na outra mão. Diz-se que o amor lhe tinha dado esta rosa para o resolver a ser-lhe favoravel. Os antigos esculpiam uma rosa sobre a porta da sala dos festins, para advertir os convivas que nada deviam divulgar do que ali se dizia».


ROSA RAINHA - Belleza
«(...) Ella é a imagem da mocidade, da innocencia e do prazer; ella pertence a Venus (...)».
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In Diccionario da linguagem das Flores ornado com estampas coloridas, Lisboa, Typographia Lusitana, 1868.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Madre-Silva, Dália e Heliotropio





MADRE-SILVA - Laços de Amor

«A fraqueza agrada á força, e não poucas vezes lhe presta graças. Vê-se frequentes vezes a madre-silva cingir amorosamente com suas hastes brandas e delicadas o tronco nodoso de um grande carvalho (...)».

DÁLIA - Meu reconhecimento excede vossos cuidados
«Esta planta veiu do Mexico, onde fazem das suas raizes uma especie de alimento (...).
A Dahlia tem a significação que se lhe attribue, porque reconhece os cuidados da cultura muito alem das esperanças do jardineiro».

HELIOTROPIO - Eu vos amo - Embriaguez amorosa - Transporte amoroso
«um dia, o celebre botanico Jussieu, herborisando nas Cordilheiras, sentiu-se repentinamente como embriagado dos mais deliciosos perfumes (...), mas não apercebeu senão lindas moitas, de um bello verde, sobre a qual destacavam espigas de um azul desmerecido; (...) viu que as flores de que estavam carregadas se voltavam mollemente para o sol (...), Tocado d'esta singularidade, deu á planta o nome de heliotropio composto de duas palavras gregas, helios, sol; e trepo, eu volto. O sabio botanico (...) deu-se pressa em colher sementes d'esta planta, e envia-las ao jardim do rei em Paris (...). As damas acolherem esta flor com enthusiamo; e depois de a collocarem nos vasos mais preciosos, a denominaram herva de amor (...)».
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In Diccionario da linguagem das Flores ornado com estampas coloridas, Lisboa, Typographia Lusitana, 1868.