GIESTA (ARBUSTO) - Aceio - Decencia
«Ha no genero das giestas muitas especies uteis. Algumas são empregadas em medicina, outras servem para fazer vassouras, e outras finalmente são empregadas na tinturaria: todas crescem espontaneamente. A giesta de Hespanha é a única cultivada pela belleza e perfume de suas flores».
GIESTA MENOR - Esperança enganosa
«A flor da giesta, que se chama também falso Narciso, aborta muito frequentemente. Esta planta, que se dá em nossos prados e bosques, é cultivada com esmero pelos hollandezes, que a exportam com os pomposos nomes de Phenix e de Sol d'ouro; e depois de bastantes cuidados o cultivador espanta-se de ver as suas esperanças perdidas e enganadas, por não haver feito nascer mais que uma simples giesta».
PAPOULA BRANCA - Somno do coração
«Extrahe-se da semente da papoula branca um oleo insipido, que acalma os sentidos e provoca o somno».
PAPOULA ENCARNADA DO CAMPO - Allivio -Consolação
«Todas as papoulas são mais ou menos narcoticas, e são empregadas as suas sementes, sob a denominação de dormideiras, para fazer cozimentos, applicados especialmente contra as dores de dentes, conseguindo-se muitas vezes por este meio algum allivio».
PAPOULA COR DE ROSA - Feliz encontro
PAPOULA RAIADA - Não duvides
«São estas as significações attribuidas a estas duas flores por uma linguagem de flores publicada ha annos em Lisboa».
ESPORAS- Ligeireza - Velocidade
«Esta flor é uma papolinacea muito bella. Os franceses lhe dão o nome de Pied d'Alouett (Pé de cotovia), por causa da fórma singular dos seus folhelhos, nos quaes se distinguem as articulações de um pé de pássaro».
ESPORAS BRANCAS - Apresse-se
«A espora é o incentivo com que o amante apressado instiga seu fogoso ginete, para o transportar com a velocidade do raio para junto d'aquella que adora. Esta flor, já pelo seu nome, já por certa similhança com o pungente instrumento com que o cavalleiro diz ao seu cavallo apressa-te, tem a significação que deixâmos indicada».
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In Diccionario da linguagem das Flores ornado com estampas coloridas, Lisboa, Typographia Lusitana, 1868.